segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Para sua meditação: Administrando o tempo para a Glória de Deus

segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Administrando o tempo para a glória de DeusAdministrando o tempo para a glória de Deus
O tempo é uma ferramenta muito útil para Deus. Por meio dele, o Criador opera sua providência e o plano de glorificação de seu nome. Vemos o Senhor se valendo do tempo para criação de todas as coisas, como é lido no gênesis. O próprio Reluzente poderia com certeza, ter criado todas as coisas a partir do nada (como o fez) de uma única vez. Ter dado origem a tudo quanto conhecemos, do jeito que as conhecemos, a partir de uma única palavra, ou gesto, ou até mesmo de um único pensamento.
No entanto, ele age dentro de um princípio organizado de tempo, separando os momentos da criação em dias reservados para cada grupo de coisas a serem criadas. Esse mesmo princípio, conhecido como princípio sabático, viria futuramente a nortear o estilo de vida dos homens, que o seguiriam como parte do culto ao Criador.
Nos dias atuais, o homem administra o tempo conforme seu próprio gosto, no entanto, até esse princípio lhe é insuficiente, pois o tempo parece ser muitíssimo pouco, dado o número de atividades que precisamos desempenhar ao longo do dia. Trabalho, faculdade, filhos, cônjuges, enfim, uma “infinidade” de tarefas demandam um tempo cada vez maior, o que inevitavelmente ocasionam uma má administração do tempo, fazendo com que cada uma dessas atividades sejam más executadas.
Contudo, ainda assim, o mundo em seu coração egoísta, age de acordo com suas próprias concupiscências, e assim qualquer demanda que foge a classificação de seus interesses é imediatamente posta em segundo plano. Para um cristão esse pensamento é não somente perigoso, mas também um pecado grave.
Observando o que diz a escritura por um prisma pouco usado, o Salmo 1 nos ensina conceitos muitos mais amplos do que aqueles que corriqueiramente deduzimos dele. Logo no primeiro verso o salmista diz: “Abençoado é o homem que não anda no conselho dos ímpios, não permanece no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.
Claramente vemos que para o salmista, qualquer comunhão com os pecadores, como denotado a partir das ações que ele destaca (andar, permanecer e sentar), sendo estas para com ímpios, acarretará a maldição do Senhor, pois como podemos absorver segundo o princípio da Escritura, O Criador abençoa quem o obedece, e amaldiçoa quem o desobedece. Aplicando este princípio na análise da administração do tempo, podemos entender que a falta da prioridade em agradar Ao Senhor na organização do tempo, sendo esta uma prática ímpia, adota-la seria então incorrer exatamente nos erros apresentados pelo salmista no primeiro verso do Salmo 1.
No Salmo 1, o escritor não está tratando a respeito da organização do tempo, mas das características de um homem que é abençoado por Deus, destacando que o mesmo não tem comunhão com os ímpios, entretanto, a comunhão com os ímpios não necessariamente tem a ver com algum contato com eles, mas pode ser entendida também como simplesmente, fazer as mesmas coisas que os ímpios fazem. Criada essa conexão, agora podemos entender, que ao seguir o padrão de administração do tempo que o mundo segue, acabamos quase que automaticamente, desrespeitando a Deus, pois não se dedica tempo à Ele, pelo contrário, o coração torna-se a si mesmo, pecando também por meio da idolatria.
Outro fator que agrava a situação é a falta de fé na providência. Ao lermos o texto de Eclesiastes, vemos que o pregador afirma enfaticamente, que “existe sempre um tempo apropriado para todo propósito debaixo do céu”, com isso, é perceptível que a divina providência opera gerindo todas as coisas. À luz do texto que o apostolo Paulo escreveu aos Romanos no capítulo 8 versículo 28, lemos: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, tomamos a promessa de que a providência guiará tudo conforme os planos do Criador, tanto para a glória do seu nome, quanto para o nosso bem-estar. Quando tentamos tomar as rédeas de nosso tempo, administrando-o da maneira que melhor nos parece, negligenciando um tempo para o Senhor, desconfiamos de que Deus não seja capaz de cuidar de nós com perfeição.
As implicações para a má administração do tempo são inúmeras, e ao lermos a Escritura, ficamos sem saídas. Quando observamos o princípio que Deus exige de nós para com a organização de nosso tempo, entendemos que o cuidado que O Criador desprende para conosco excede de longe a nossa compreensão, e somos imensamente ingratos em nossas ações nisso. Por isso é tão importante que revisemos com urgência o modo como estamos cuidando de nossa vida junto a essa questão. Quanto tempo temos dedicado a Deus em oração? Quanto tempo temos estado aos Seus pés, meditando profundamente em sua palavra? Quão claro é para nós o lugar que O Soberano ocupa, a ponto de pararmos algo que estamos fazendo para falar com nosso Deus?
Um problema ainda maior, é a ganância. Não estamos contentes com aquilo que O Criador nos dá, queremos sempre mais. Um carro melhor, uma casa melhor, melhores roupas, e sabendo que tudo isso irá custar mais tempo de busca trabalhando, abrimos mão de nosso culto a Deus para obter tais coisas. Não é certo que isso aconteça. Devemos assentar na tábua de nosso coração o amor à Deus acima de todas as coisas, para que rejamos nosso tempo de acordo com a vontade de Deus, estando primeiramente dispostos aos pés do Criador, desfrutando da beleza de sua santidade.
Busquemos com coração ardente entender a vontade de Deus para a organização de nosso tempo, priorizando acima de tudo o culto ao Senhor, tanto doméstico quanto em nossas igrejas, e também em nossas vidas particulares. No versículo 11 de Eclesiastes 3, lemos que o Criador colocou a eternidade no coração do homem, embora o homem não consiga compreender claramente o que Deus realizou. Fomos feitos para coisas eternas. Os filhos de Deus têm a eternidade por possessão, é para lá que nosso desejo e vida devem estar empenhados, pois lá, onde o tempo é eterno, onde a ampulheta nunca vira, poderemos adorar plenamente ao Criador, pois este é o fim principal do homem, glorificar à Deus e gozá-lo para sempre.
Cristo triunfa!
por Paulo Ulisses
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