sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pesquisa aponta que grande parte dos cristãos evangélicos não falam de sua fé para os não cristãos

sexta-feira, 17 de agosto de 2012 0
Pesquisa aponta que grande parte dos cristãos evangélicos não falam de sua fé para os não cristãos
Um estudo realizado entre cristãos que frequentam uma igreja regularmente apontou que uma grande parcela dos evangélicos não compartilha sua fé com os não cristãos. Realizada pela LifeWay Research para analisar oito atributos da maturidade dos cristãos evangélicos, a pesquisa traz dados preocupantes sobre a postura dos cristãos.
A pesquisa mostrou que a grande maioria não falou sobre como se tornar um cristão para um não cristão nos últimos seis meses. De acordo com o levantamento, 80 por cento daqueles que frequentam a igreja protestante, uma ou mais vezes por mês, acreditam que têm uma responsabilidade pessoal em compartilhar sua fé. Porém, 61 por cento desses cristãos não tem o compromisso efetivo em falar de Jesus a outra pessoa.
De acordo com a LifeWay Research, entre os oito atributos evidentes e marcantes na vida dos crentes, o “Partilhar a Pessoa do Senhor Jesus” com outras pessoas tem a menor pontuação média entre os entrevistados das igrejas protestantes.
Três quartos dos fiéis dizem que se sentem confiantes em sua capacidade para comunicar eficazmente o evangelho, enquanto 12 por cento dizem que não se sentem confortáveis contando aos outros sobre sua fé, apesar de a maioria deles dizer acreditar que é seu dever compartilhar sua fé.
Outra pergunta feita pela pesquisa foi sobre quantas vezes os cristãos fizeram convites pessoais para uma pessoa participar de um culto ou alguma programação em sua igreja. Trinta e três por cento das pessoas disseram ter convidado uma ou duas vezes, 19 por cento disseram ter feito isso em três ou mais vezes nos últimos seis meses, e 48 por cento disseram não ter feito nenhum convite do tipo no período.
- Na realidade as pessoas que já são cristãs há mais tempo não têm experiências novas relacionadas ao evangelho do que os cristãos novos convertidos. Assim os novos cristãos acham natural compartilhar sua nova experiência, e os cristãos maduros muita das vezes fazem este compartilhamento com intenção e não simplesmente só por testemunhar – afirmou o responsável pela pesquisa Ed Stetzer da LifeWay Research.
Fonte - Redação Gospel+

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um país mais crente

quarta-feira, 15 de agosto de 2012 0
Um país mais crente








Censo do IBGE revela que o crescimento evangélico no Brasil não arrefeceu.
Por Carlos Fernandes
A divulgação dos dados religiosos do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu até os mais ufanistas dos crentes. O anúncio, no fim de junho, de que o número oficial de evangélicos no Brasil, agora, é estimado em 42,3 milhões de pessoas – ou 22,2% da população nacional – confirma a tendência de crescimento vertiginoso do segmento, acelerado nos anos 1980 e 90, mas que parecia ter perdido o ímpeto. Isso equivale a dizer que, de cada cinco brasileiros, um ou dois se declaram evangélicos. É muita coisa. Nos últimos dez anos, a Igreja Evangélica nacional cresceu mais de 6 pontos percentuais, o que configura um fenômeno religioso jamais visto na história do país. E isso, apesar de todos os questionamentos que as instituições religiosas têm enfrentado nos últimos anos, da perda de credibilidade de diversas denominações, dos escândalos envolvendo pastores famosos e do avanço do secularismo na sociedade. Para se ter uma ideia, o Censo também constatou que o grupo dos que se declaram ateus, agnósticos ou sem religião já conta com 15 milhões de pessoas.
Embora ainda pareça utópico dizer que o número de evangélicos vai superar o de católicos até meados deste século, o fato é que a Igreja Romana continua assistindo a uma debandada de fiéis. Praticamente absoluta no fim do século 19, quando seguida por quase 99% dos brasileiros, a fé católica, hoje, é professada por 65% dos brasileiros, ou 123 milhões de almas. O Brasil ainda é o maior país católico do mundo, mas o declínio progressivo preocupa o Vaticano. “Nós já esperávamos que houvesse queda no número de católicos, mas nossa expectativa era que fosse menor”, admite o padre Thierry Linard de Guertechin, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. No entender do religioso, que também é demógrafo, várias causas têm contribuído para isso. “Parte da responsabilidade é da própria Igreja Católica, que não vai aonde o povo está”, aponta. Guertechin lembra que as igrejas evangélicas são mais capilarizadas. “Os fiéis não encontraram a Igreja nas periferias das metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, para onde acorreu o fluxo migratório das últimas décadas.”
“Em muitas paróquias católicas, a relação é de um padre para 20 mil fiéis ou mais. A falta de vocações e o envelhecimento do clero agravaram esse quadro, tornando mais difícil o pastoreio numa sociedade massificada”, opina o teólogo e pastor luterano Martin Weingaertner, membro do Conselho de Referência da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. “Em contraposição, as igrejas evangélicas têm em média um obreiro para cada 100 fiéis, o que possibilita o que poderíamos chamar de ‘atendimento personalizado’”. Coordenador do Grupo de Trabalho sobre Igreja, Sociedade e Cidadania da Aliança, o pastor Weingaertner não acredita, contudo, que a Igreja Evangélica continue a avançar no ritmo atual e que possa superar numericamente a Católica. “Pela segmentação interna dos evangélicos, bem como por sua inclinação para a autofagia, a curva de crescimento deve diminuir. As igrejas evangélicas jamais chegarão a desempenhar um papel hegemônico, pois isso requereria uma organização hierárquica ou uma moldura doutrinária uniforme e rígida.”

“GUARDIÕES DA FÉ”
A ênfase do trabalho evangélico em grupos específicos, como crianças e jovens, é apontada pelo pastor Fernando Brandão, da Junta de Missões da Convenção Batista Brasileira, como outro fator de atração e fidelização das igrejas evangélicas. Além, é claro, da presença midiática. Desde os anos 1980, igrejas e líderes evangélicos, sobretudo os de linha pentecostal e neopentecostal, tornaram o Evangelho um produto de massa. “O uso dos meios de comunicação, como rádio e TV, foi determinante para a expansão do protestantismo no Brasil”, destaca Brandão.
Para o vice-diretor de Expansão Missionária da organização Servindo Pastores e Líderees (Sepal) e pastor da Igreja Presbiteriana Independente Oswaldo Prado, não de pode deixar de levar em conta, também, a popularização da mensagem que prioriza a bênção material: “As igrejas têm alcançado muitos que precisam de alento e encorajamento no meio da luta pela sobrevivência. Para isso, muitos têm criado o dualismo da conversão com uma inevitável ascensão social”. Prado, contudo, acredita que tributar tanto crescimento apenas à pregação da prosperidade é simplificar demais a análise. “Seria injusto classificar apenas esses movimentos como propulsores do crescimento evangélico em nosso país. Existem aqueles que optaram por estender o Reino de Deus em nosso país com absoluta seriedade e compromisso com os valores da Palavra do Senhor. São estes que têm sido os guardiões da fé cristã em nosso solo”, conclui. (Carlos Fernandes)

ESTATÍSTICAS

Religião no Brasil
123 milhões de brasileiros (64,4%) são católicos
42,3 milhões, ou 22.2%, são evangélicos
15 milhões se declaram sem religião, ateus ou agnósticos
3,8 milhões professam o espiritismo
570 mil são adeptos da umbanda e do candomblé

Top 3
Entre os países com maior presença evangélica em números absolutos, o Brasil aparece em 3º lugar:
1º – Estados Unidos, com 155 milhões de evangélicos e protestantes
2º – China, com 100 milhões (número estimado)
3º – Brasil, com cerca de 42 milhões

Fonte: Cristianismo Hoje (Revista)
 
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